LAM Ministra Aulas Vocacionais

Fascinado desde a infância por aviões, ser piloto era o sonho maior. Filho de um pai com curso básico de aviação e com o irmão que partilhou do mesmo sonho, as conversas à mesa de casa sempre foram sobre aviões. Não deu outra escolha para Rogério Pinhal, hoje, piloto da LAM. “Não houve espaço para pensar noutra profissão”, revelou.

O caminho começou com 17 anos, na inscrição ao curso de aviação. Em vários meses, municiou-se – e continua - de conhecimento teórico para que, quando lhe chegasse a vez de entrar para a cabine do avião, não tivesse grandes dificuldades. O trabalho prático, depois de ganhar horas de voo, começou pela MEX, como co-piloto do Embraer 120, uma aeronave de 30 lugares, tendo como mestres pilotos como Carlos da Costa, com mais de 30 000 horas de voo. “Eu apenas tinha 300 horas. Foi uma fase que aprendi muito”.

À LAM chegou em 2014, como co-piloto do Q400, seguiu depois o Embraer 190 também como co-piloto. Regressou ao Q400, já como comandante. Tantos anos depois do primeiro passo para um sonho que já se pode colocar na paleta dos realizados, esteve diante de vários alunos, na Escola Internacional em Maputo, para ajuda-las a ter base para os sonhos no que se chama de aulas vocacionais. “É preciso gostar. Gostar vai fazer com que tenha um caminho um pouco mais fácil”, disse.

Os alunos, cientes de que não são todos os dias que têm este tipo de oportunidades, questionam e experimentam com curiosidade a vez de ser pilotos com os simuladores que os colocaram no ar. “Tem de ser disciplinado. Os exames têm de ter 75 % de nota mínima.

Aviação exige responsabilidade e dedicação”, indica, a lembrar que o número de horas de voo conta para que ao piloto seja confiada a cabine de um avião. Axelle Tamele, 16 anos, foi uma das alunas que estiveram presentes nesta palestra vocacional. Disse nunca ter entendido muito de aviação. “Mas foi interessante perceber o funcionamento, o caminho que é preciso fazer para se tornar piloto”, disse.

Marco Ferreira, 14 anos, outro aluno, tem o sonho de ser gestor de um negócio de transporte, achou mais interessante a parte de engenharia. “É preciso estudar bastante. Acho que é um trabalho difícil, mas vale a pena”, indicou. O futuro dirá quanto.

“Aviação exige responsabilidade e dedicação”, Rogério Pinhal.

Maputo, aos 4 de Outubro de 2023